sábado, 17 de dezembro de 2011

Broas de Natal

Apetece-me desmonar a notícia, não porque não encontre mérito aos aflitos pescadores das Caxinas que sobreviveram ao naufrágio do Virgem do Sameiro.

Foram bravos e corajosos, como bravos e corajosos foram os seus salvadores.

O que estranho é que o naufrágio, e o salvamento, ocorreram na mesma semana em que o Fado é entronizado Património Imaterial da Humanidade, coincidentemente há uma série de eventos futebolísticos, e todos os políticos que se prezam enaltecem o "milagre".

Estão reunidos os três efes: Fátima, Futebol e Fado...

À sorrelfa e errando as contas, o Primeiro Ministro admite que afinal sempre há um "balão" orçamental que supera em muito o saque decidido para o 13º mês dos trabalhadores.

Entretanto vem a lume o real valor do tal balão, que supera os três mil milhões de euros.

Também veio a lume o real destino de tal "balão" - os laboratórios farmacêuticos e a banca!

Os laboratórios farmacêuticos, porque todos sabemos como são bonzinhos para o povo, zelando pela sua saúde com medicamentos muito caros impingidos a quem não tem como pagá-los, os tais pensionistas e reformados que andam a cortar nas despesas da farmácia.
Ora agora ficam sem uma parcela do subsídio de natal que é para aprenderem.

O resto do dinheiro vai para a banca, porque é preciso financiar a economia e a economia é a banca... Dahhh! É preciso injectar o nosso dinheiro nos bancos para que os bancos possam emprestar-nos o mesmo dinheiro, mas com juros muito altos.

Posto isto não me restam dúvidas que o tal balão é afinal um balão de oxigénio, que é como quem diz, cortam-nos o ar para oxigenar a besta!

São as broinhas de Natal. Dá-as Deus a quem não tem dentes...

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