domingo, 30 de janeiro de 2011

Arcanjo de mim




A Alma ardia em lágrimas de fogo com o coração a ferro trespassado pela brasa da dor, perdida e triste, desacreditada sangrava.
Li-te em mim, ouvi-te...sonhei que sonhava, sonhei que te sonhava...
Levaste-me pela mão e mostraste-me o mundo tal qual ele é, sem fantasias, sem falsos coloridos ou palavras vãs, sem fingimentos nem mentiras.
Sorriste... nos teus olhos li a vida, li a paz que me estendias e a calma com que me enlaçavas.
Tu ouviste-me, chamei o te nome, eras oração.
Estou nos teus braços e sou tu.
Tu, tudo, todo, nós...
A verdade, apenas a verdade e a vida, o sorriso, o olhar e as mãos.
estou envolta nas tuas asas e na sua protecção, envolta no teu coração.
De mãos dadas, dedos entrelaçados, caminhamos lada a lado, alma e coração e paz e vida.
Tu vida na minha vida, vida na nossa vida, percorremos juntos o caminho.
Obrigado meu Arcanjo!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Anjo Caído



Sei que estás ai, que me ouves, que me sentes e que pensas que te abandonei...
Esperei por ti, sofri e desesperei, apareceste como um furacão, mudaste a minha vida e contigo compreendi o amor, o verdadeiro amor entregue á alma.
Amei, sorri, sofri, chorei, lutei, lutei...
Queria que voltasses a sorrir, queria abrir-te a alma e mostrar-te a verdade da vida, a verdade do amor.
Teimaste. Teimaste em não te render ao amor, em não te render á vida e eu lutava para te fazer voar novamente... tu não compreendeste, não voaste...
Pensaste que poderias ser o senhor do mundo, que poderias ter o mundo na mão, que me poderias ter na palma da tua mão...
Espectro de mim... sofri e lutei por ti, por te manter sóbrio sobre a tua sede de quereres todos os mundos para ti.
Não desisti de ti, tu desistis-te de ti, tu desistis-te de mim... obrigaste-me a abrir os braços violentamente enquanto sangrava de dor ... deixei-te partir.
Continuas a vasculhar na terra o que queres alcançar nos céus algo que esteve sempre ao teu lado e que minimizaste, ridicularizaste e desprezaste... Ficaste...
Eu? Eu voaei porque as asas já eram minhas e apenas a ti te buscava neste mundo...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Eu...



Mulher, como todas as mulheres, mulher como uma só mulher, mulher única.
Rompi para a vida, desci para o mundo cedo demais, antes do meu tempo, foi esse o meu tempo e é este o meu tempo.
Decidi como decido tudo. sou eu, sou dona de mim, dos meus actos, do que vivo.
Penso, ajo, sofro, rio e choro naturalmente...
Caminho em fortes passadas impondo-me sobre o mundo e obrigando-o a aceitar-me e ter-me como vida sua.
É simuoso o caminho, as pegadas dolorosas acalmam mas a vida segue frenética ao meu lado...
Teimo em não parar para que ninguém perceba que abrando, sorrio a desvio a mecha de cabelo que cai sobre a testa e se une com o suor que me preenche o rosto.
Não páro, não quero parar...
Cansada suspiro e inspiro o mundo, o tempo, e ninguém olha.
Invisivel, respiro e vivo.
Uma lágrima rola, o preço da dor de mais um passo que dou no fervor do caminho ingreme que subo agora...
Mas caminho sempre, sempre!
Porque a jornada não tem fim e eu não desisto nem páro:
VIVO!